20 de nov. de 2020

ANNA - TEXTO DE MÁRIO VIANA

 Ao trazermos à tona um episódio sobre ANNA esposa do escritor e jornalista Euclides da Cunha, na época, também um militar, trazemos a história para este momento, acredito, muito propício. Afinal, estamos vivendo um retrocesso nas conquistas da liberdade da mulher, uma insistente volta à moral conservadora familiar com aspectos religiosos e o persistente machismo. O marido sente-se no direito de “lavar a honra” caso se sinta traído pela esposa. Depreende-se daí inúmeros atos violentos contra a mulher, arrancando-lhe seus direitos, como se ela fosse propriedade do homem. Além disso estamos assistindo um quadro político militar conservador sendo amplamente instalado no país, incentivando exatamente essa violência à mão armada, exercendo poder contra a liberdade humana e suas escolhas.

Obviamente, se a liberdade do ser humano é vigiada e regrada nos dogmas do pecado, só lhe resta a infelicidade ou a infidelidade. O ser humano verdadeiramente vivo, certamente vai procurar satisfazer suas vontades mais inconscientes e inimagináveis, e, portanto, incontroláveis. O destino aventureiro e criativo teimará em prevalecer solapando a norma coronelista e militarista. Que tenhamos sempre o poder em nossas mãos de nossa liberdade. (VERA RIBEIRO, Lúcia).

LEITURA DRAMÁTICA da peça de teatro ANNA, de autoria de Mário Viana, sua primeira peça de teatro, escrita em 1990.
Apresentação dia 10/sábado, às 19h., GRATUITO online
Projeto viabilizado pelo Teatro Flávio Império da Secretaria de Cultura do Município.

desenho de Gonzaga Pedrosa





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